Ah quanta melancolia!Quanta, quanta solidão!Aquela alma, que vazia,Que sinto inútil e friaDentro do meu coração!Que angústia desesperada!Que mágoa que sabe a fim!Se a nau foi abandonada,E o cego caiu na estrada -Deixai-os, que é tudo assim. Sem sossego, sem sossego,Nenhum momento de meuOnde for que a alma emprego -Na estrada morreu o cegoA nau desapareceu. Fernando Pessoa, 3-9-1924
3 comentários:
Adelaide disse...
Oi, olha eu aqui de novo...
vim, olhei e gostei, mas confesso que preferia tudo lá no Mitricot, será preguiça minha?
Este poema do Fernado Pessoa é lindo, aliás eu sou suspeita,sou apaixonada pelo Pessoa...
beijos
10:04 PM
Lidiane disse...
E a nau desapareceu...
Estou me sentindo um tiquinho assim hoje.
Passa.
Beijo.
4:52 PM
Burtonesca disse...
Oi,
gostei daqui... adorei a foto do cachorrinho dormindo no corredor...
Abraço!
5:01 PM
Postar um comentário